sábado, 14 de dezembro de 2013

MONÓCULO MHS - GRUPO DE POESIAS IÑARON - 1 OUT 1992

Monóculo 
Dentre a variedade de objetos que compõem o acervo do Museu Histórico de Sergipe consta uma grande coleção de fotos do século XX. Maioria revela acervos e personalidades. Um trabalho de catalogação foi iniciado este ano com promessa que possa ficar disponível para pesquisas. Todo o acervo será submetido à limpeza, fichamento, digitalização e acondicionamento, sendo que a identificação demanda tempo e pesquisas. 



Para revelar a importância do acervo e especialmente dos eventos realizados pelo Museu Histórico de Sergipe, unidade da Secretaria Estadual de Cultura, ou com o seu apoio é que lançamos o post Monóculo em alusão ao objeto antigo que trás um cromo fotográfico semitransparente no seu interior.

Danilo Nascimento, estagiário, manuseando acervo fotográfico MHS

GRUPO DE POESIAS IÑARON NO MHS - 1 OUT 1992

Reproduzimos a seguir foto da apresentação que o Grupo de Poesias Iñaron realizou no Museu Histórico de Sergipe no dia 1º. de outubro de 1992. Vemos Andrea Vilela e Iêda Maria Leal Vilela e Carlos Roberto da Silva (Carlos Cauê) na Sala Horácio Hora num instante de aplausos do festejado recital.

Grupo Iñaron de Poesias no MHS, 01/10/1992
FOLDER IÑARON 



quinta-feira, 28 de novembro de 2013

SECULT apoia o IV Círculo dos Ogãs em homenagem ao Dia da Consciência Negra

Kleber Melo fez show com os futuros ogãs
A natureza das relações étnico-raciais e a aplicabilidade da Lei 10.639/2003 foram temas em evidência na tarde dessa quarta-feira, 20/11, no Museu Histórico de Sergipe (MHS), localizado em São Cristóvão/SE. A unidade, gerenciada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), sedia o terceiro módulo da quarta edição do Círculo de Ogãs, evento realizado pela ONG Sociedade para o Avanço Humano e Desenvolvimento Ecosófico (SAHUDE) e pela Associação Cultural Amigos do Museu Histórico de Sergipe (ACAMHS).


O IV Círculo de Ogãs teve suas atividades iniciadas nessa terça-feira, 19, quando foram desencadeadas as discussões sobre o cumprimento da lei que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, através da qual deve ser incluída no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira, entre outras providências.


De acordo com o idealizador do evento e diretor do MHS, Thiago Fragata, a dimensão dos trabalhos executados em mais uma edição do círculo está intimamente ligada ao esclarecimento e ao respeito à lei. “Tal como o que diz respeito ao currículo oficial das redes de ensino, o Círculo de Ogãs se propõe a dar maior visibilidade às manifestações afro-brasileiras, só que para isso utilizando como palco o centro histórico municipal e o próprio MHS, através do apoio da Secult”, destacou o diretor.


Para o membro-fundador da SAHUDE, o psicólogo Sérgio Lima, mesmo no segundo dia de atrativos já é possível considerar o alcance dos objetivos propostos pelas instituições realizadoras e apoiadoras do evento. “A temática que norteia a Lei 10.639/2003 é pertinente e digna da atenção dos que integram as comunidades escolares, a fim de que o conteúdo afro-brasileiro presente na história e na cultura de um povo, esteja integrada ao seu universo educativo”, ressaltou Sérgio Lima.


Programação


A temática do IV Círculo de Ogãs atraiu diversos participantes no segundo dia de atividades, entre eles, agentes culturais, líderes de instituições ligadas às tradições afro-brasileiras e representantes da sociedade. A programação foi iniciada com uma palestra ministrada pelo professor Marcos Vinicius dos Anjos, técnico no Núcleo da Educação, da Diversidade e Cidadania (NEDIC/DED/SEED). Em seguida, o coordenador da União de Negros pela Igualdade (UNEGRO/SE) e membro do Fórum Estadual de Educação, Andrey Roosewelt Chagas, também deu ênfase à aplicabilidade da lei, assim como a consultora do Ministério da Educação (MEC), Mariana Galvão.


O presidente da ACAMHS, Neverton Cruz, foi um dos que fizeram questão de apreciar o lançamento da exposição temporária ‘Na minha escola a Lei 10.639/2003 acontece’, cuja intervenção artística foi feita pelos alunos do Colégio Estadual Deputado Elísio Carmelo. “A participação dos alunos representa o resultado dos esforços da ACAMHS para a concretização do ‘Círculo de Ogãs’. Ações como essa estão associadas ao incentivo dado pela instituição aos agentes culturais, a fim de que tornem seus trabalhos visíveis em momentos oportunos, tal como o que estamos compartilhando”, destacou Neverton.


Segundo o estudante Fabrício Alef, 17 anos, a oportunidade foi bem aproveitada pelos colegas. “Estamos tendo a oportunidade de mostrar o potencial artístico também adquirido na escola e de eliminar preconceitos diversos. Os trabalhos exigiram iniciativa dos alunos e empenho durante dois dias intensos de trabalhos, após processo de aprendizagem que existe há três anos na unidade escolar”, detalhou o adolescente.


O segundo dia de atrativos do IV Círculo de Ogãs foi encerrado com a apresentação da Oficina Cultural Futuros Ogãs, liderada pelo o percussionista Camafeu de Xangô e convidados, com destaque para o cantor Kleber Melo e para o grupo percussivo do Programa Mais Educação.


Nessa sexta-feira, 22, a partir das 16h, no Museu Histórico de Sergipe, o público que comparecer ao MHS poderá prestigiar a exibição do documentário da cineasta Everlane Moraes, denominado "Caixa d"Água: Qui-lombo é esse?".


Destaque


Conforme a repercussão do evento, as tradições culturais presentes nas edições do ’Círculo de Ogãs’ serão destaques na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), no próximo dia 29, a partir das 14:30hs, conforme indicação da deputada Conceição Vieira (PT), quando iniciativa receberá o prêmio Abdias do Nascimento.


Professores participam de Seminário sobre os 10 anos da Lei 10.639/2003

Thiago Fragata fala do IV Círculo dos Ogãs. Foto: Juarez Oliveira


Para comemorar os 10 anos da Lei 10.639/03, que trata da inserção das temáticas História e Cultura Africana e Afro-brasileira no Currículo da Educação Básica, a Secretaria de Estado da Educação, através do Departamento de Educação (DED), Núcleo de Educação da Diversidade e Cidadania (NEDIC), está promovendo um seminário. O evento teve início na manhã desta quarta-feira, 27, e se realiza no auditório da Secretaria de Estado da Inclusão e Desenvolvimento Social (SEIDES), com a participação de professores de todas as Diretorias Regionais de Educação.

O seminário foi aberto com uma apresentação de dança afro, realizada pela dançarina Michelle Pereira, seguido de duas palestras, uma com o diretor do Museu Histórico de Sergipe, Thiago Fragata, e outra com o assessor técnico da Secretaria de Estado da Educação de Alagoas, professor Zezito Araújo.

A diretora do Departamento de Educação da Seed, professora Maria Isabel Ladeira, destacou a necessidade de as escolas promoverem o ensino da cultura e da história africana e afro-brasileira. "Essa legislação foi criada para atender a uma demanda social e histórica que existia no sentido de promover o enfrentamento às desigualdades sociais nas escolas. A lei se realiza nas unidades de ensino e nas práticas pedagógicas. A função da Secretaria de Estado da Educação é subsidiar e incentivar as escolas para que desenvolvam dentro dos seus projetos pedagógicos essas temáticas, de maneira interdisciplinar", disse.

Segundo o coordenador dos trabalhos pedagógicos das relações étnico-raciais nas escolas da rede estadual, professor Marcos Vinícius dos Anjos, o seminário visa promover e divulgar a inclusão de conteúdos de história e cultura afrobrasileira e africana em todas as disciplinas da Educação Básica. "O objetivo é fazer com que a Lei 10.639/03 esteja cada vez mais presente nas escolas. Com esse trabalho, pretende-se fazer com que a discriminação, o racismo e o preconceito diminuam consideravelmente nas unidades de ensino. A ideia é que se mude a cultura brasileira, porque somos um país diversificado", explicou.

Palestras
O diretor do Museu Histórico de Sergipe, Thiago Fragata, proferiu uma palestra com o tema "IV Círculo dos Ogãs", evento que é sediado no Museu, mas que é promovido pela ONG Sociedade para o Avanço do Humano e Desenvolvimento Ecosófico (SAHUDE), e também pela Associação Cultural Amigos do Museu Histórico. Ele destacou a necessidade de aproximar os alunos dos museus. "A sociedade não consegue, muitas vezes, perceber a importância dos museus. É preciso vislumbrá-los por uma nova ótica. Museu não é só para o turismo, mas também para a educação", disse ele.

Já o assessor técnico da Secretaria de Estado da Educação de Alagoas, professor Zezito Araújo, falou sobre o tema "Perspectivas e Desafios da Lei 10.639/03 em seus 10 anos de existência". Ele ressaltou a importância de disseminar a cultura afro nas escolas. "À medida em que estamos completando 10 anos da promulgação dessa lei, é importante que se faça uma reflexão para sabermos em que medida as escolas estão conseguindo implantá-la. Estamos começando a dialogar com os sujeitos que fazem parte dessa realidade, para que possamos aperfeiçoar ainda mais a implantação dessa lei", explicou.

O professor Álvaro Leal Santos, do Colégio Estadual Alencar Cardoso, do município de Salgado, participou do seminário, e falou da necessidade de se trazer esse debate para todos os educadores. "Estamos fazendo um balanço dos 10 anos de implantação da Lei 10.639/03. Ainda há muitos desafios, mas essa é uma iniciativa importante porque reúne educadores num momento de troca de experiências", afirmou.

A mesma opinião teve a professora Cleane da Silva Xavier. Ela dá aula a 30 alunos da Escola Estadual Otávio Bezerra, da comunidade quilombola Ladeiras, no município de Japoatã. "Acho que todo o conhecimento é válido, e principalmente para facilitar o nosso método de ensino para poder inserir na sala de aula a questão da cultura afrobrasileira", disse.

Programação
Pela tarde, o evento recomeçará às 14h com a apresentação de um vídeo. A partir das 14h20, professores de diversas escolas apresentarão as práticas pedagógicas que são realizadas nas suas unidades de ensino referentes à Lei 10.639/03. Participarão deste momento professores do Colégio Estadual Poeta José Sampaio, Colégio Estadual Deputado Elísio Carmelo, Escola Estadual Gilberto Amado, Colégio Estadual Alencar Cardoso e Colégio Estadual Atheneu Sergipense. O evento se encerrará às 16h40 com uma apresentação do Grupo Um Quê de Negritude.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

CÍRCULO DOS OGÃS REALIZADO, EVENTO PREMIADO

Guerreiras africanas, espetáculo da Escola de Artes Valdice Telles. Foto: Flavia Santana


A exibição do premiado curta Caixa D'Água: qui-lombo e esse?, da jovem cineasta Everlane Morais, no auditório do Museu Histórico de Sergipe, na tarde da última sexta (22/11), encerrou o terceiro módulo do IV Círculo dos Ogãs. Este ano, as instituições realizadoras (ong Sociedade para o Avanço Humano e Desenvolvimento Ecosófico e a Associação Cultural Amigos do Museu Histórico de Sergipe) decidiram dividir em 3 (três) módulos o evento que tematizou os dez anos da Lei 10.639/2003.

O primeiro módulo foi lançado dentro da programação da VII Primavera dos Museus, dia 25 de setembro, realizado no Museu Histórico de Sergipe, que discutiu o tema “Museus, memória e cultura afro brasileira”. A Mesa Redonda “A lei 10.639/2003, os professores e o IV Círculo dos Ogãs”, contou com palestras de Marcos Vinicius dos Anjos, Maria Batista Lima e Sonia Oliveira Santos. 

PALESTRANTES - I MÓDULO - 25/09/2013
Marcos Vinicius Anjos (NEDIC/SEED)
Maria Batista Lima (NEAB/UFS)
Sonia Oliveira Santos (CONAE)


O segundo módulo ocorreu na manhã do dia 27 de outubro, no auditório do Museu Histórico de Sergipe, e congregou docentes dos colégios estaduais Padre Gaspar Lourenço e Deputado Elísio Carmelo. A dinâmica foi apresentar projetos (finalizados ou em andamento) das unidades escolares a partir da lei 10.639/2003.

O terceiro módulo ocorreu nos dias 19, 20 e 22 de novembro. Na noite da terça, (19/11), houve apresentação de dança e percussão dos alunos da Escola de Artes Valdice Telles (FUNCAJU), também a conferência de abertura “A democratização da Educação a partir da lei 10.639/2003” do professor Robson Anselmo (Instituto Braços). Na tarde do dia 20, alusivo a morte de Zumbi dos Palmares, aconteceu a Mesa Redonda “Olhar retrospectivo”, com palestras de Andrey Roosewelt Chagas Lemos, Marcos Vinicius e Mariana Galvão. Alunos e equipe do Mais Educação (Colégio Estadual Elísio Carmelo) lançou a exposição temporária “Diversidade Cultural” a partir do projeto homônimo que este ano trabalhou o tema “Beleza Negra”. Encerrando tarde festiva teve show dos meninos da Oficina Futuros Ogãs, sob maestria de Camafeu de Xangô e cantor convidado Kleber Melo.


 GUERREIRAS AFRICANAS E A LENDA DAS SEREIAS 
ESPETÁCULO DA ESCOLA DE ARTES VALDICE TELLES (FUNCAJU), 19/11/2013. FOTO: FLÁVIA SANTANA



PALESTRANTES - III MÓDULO - 20/11/2013.
 FOTOS: DANIELLE PEREIRA

Andrey Roosewelt Chagas Lemos (UNEGRO/SE)
Marcos Vinicius Anjos (NEDIC/SEED)
Mariana Galvão (Instituto Paulo Freire)

EXPOSIÇÃO DIVERSIDADE CULTURAL
COLÉGIO DEPUTADO ELÍSIO CARMELO, 20/11/2013.
FOTOS: DANIELLE PEREIRA

Cartaz do projeto Diversidade Cultural 2013
Neverton Cruz, Presidente da ACAMHS


SHOW FUTUROS OGÃS COM CAMAFEU DE XANGÔ E KLEBER MELO
20/11/2013. FOTOS: DANIELLE PEREIRA


PRÊMIO ABDIAS DO NASCIMENTO
Enquanto espaço das discussões étnico-raciais, produção do saber e fomento da cultura brasileira, o evento Círculo dos Ogãs receberá o prêmio Abdias do Nascimento, na Assembléia Legislativa de Sergipe, próxima sexta (29/11), por indicação da deputada Conceição Vieira. Para Thiago Fragata, idealizador do evento e diretor do Museu Histórico de Sergipe, unidade da SECULT que abriga o evento, “é preciso agradecer as entidades que assumiram a realização do evento, ong SAHUDE e ACAMHS, agradecer aos parceiros e ao público”.

De acordo com Viviane Lima, Presidente da ong SAHUDE "Como dado objetivo, o evento Círculo dos Ogãs realizou em apenas 4 (quatro) edições, um conjunto de atividades que revela o merecimento do prêmio Abdias do Nascimento".

1 culto ecumênico
1 mapeamento dos terreiros de São Cristóvão
2 rodas de capoeira (regional e angola)
2 espetáculos de dança afro
2 círculos da Paz na Praça São Francisco
3 rodas de leituras temáticas
3 shows
4 exposições temporárias
18 palestras

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

CÍRCULO DOS OGÃS RECEBERÁ PRÊMIO ABDIAS DO NASCIMENTO 2013

Luiz Melo recita na Roda de leitura "Combate ao Racismo", 25/9/2013

O Círculo dos Ogãs foi selecionado para receber prêmio Abdias do Nascimento 2013, na Assembléia Legislativa, próximo dia 29/11, a partir das 9 horas, por indicação da Deputada Conceição Vieira. O premio destacará iniciativas afro-sergipanas que tenham uma ressonância com toda a sociedade.

HISTÓRICO DO EVENTO

Thiago Fragata idealizou o evento Círculo dos Ogãs

Um evento para discutir questões étnico-raciais no centro histórico de São Cristóvão, ex-capital que nos tempos coloniais fez do catolicismo e da burocracia administrativa as instituições hegemônicas, assim foi concebido o Círculo dos Ogãs por Thiago Fragata, diretor do Museu Histórico de Sergipe. Ele afirma "idealizei o evento em 2010, na euforia de transformar a Praça São Francisco em cenário de todas as religiões, especialmente, as religiões de matriz africana".

Cartaz do IV Círculo dos Ogãs. Arte: Rafael Oliva/SECULT

Na sua primeira edição (2010), com o tema "Africanidade e resistência em São Cristóvão", o evento reuniu representação dos terreiros locais para palestras, exposições, missa ecumênica e ato público na Praça São Francisco. Este ano o Museu Histórico de Sergipe e a Secretaria Estadual de Cultura (SECULT) foram agentes realizadores, com o apoio da Prefeitura Municipal de São Cristóvão e Casa do IPHAN.


Cartaz II Círculo dos Ogãs. Arte: Mentefertil

Em 2011 a ong Sociedade para o Avanço Humano e Desenvolvimento Ecosófico (SAHUDE) assumiu a maior parte das demandas para realização do evento, dividindo com o Museu Histórico de Sergipe/SECULT sua realização. Definido o tema "Matrizes da religiosidade brasileira" firmou-se parceria com o Núcleo de Graduação em Ciências da Religião (Departamento de Ciências Sociais/UFS), Prefeitura Municipal de São Cristóvão e Casa do IPHAN.

Cartaz III Círculo dos Ogãs. Arte: Gladston Barroso.
 
Dada a magnitude do evento e as dificuldades, a partir da terceira edição (2011), a ong Sociedade para o Avanço Humano e Desenvolvimento Ecosófico (SAHUDE) assumiu a realização do evento. A ong SAHUDE conseguiu via parceria com Secretaria de Estado da Cultura (SECULT), Ong Ação e Cidadania João Bebe-Água (ACIJOBA), Prefeitura Municipal de São Cristóvão e Casa do IPHAN, o apoio necessário para realização das palestras, exposições, mostras de video, roda de leitura e apresentações culturais. O Museu Histórico de Sergipe consolidou-se enquanto sede do evento.

O III Círculo dos Ogãs apresentou o tema "Africanidade na cidade", expondo e discutindo elementos do patrimônio cultural dos centros urbanos que nos remete a herança africana. Exemplo: samba, hip-hop, capoeira, etc.

Cartaz IV Círculo dos Ogãs. Arte: Gladston Barroso.
No corrente ano, O IV Círculo dos Ogãs foi dedicado a "Lei 10.639/2003: uma década de experiências". Suas atividades foram divididas em 3 módulos (I - 25 de setembro; II - 27 de outubro; III - 19, 20 e 22 de novembro). Realizado com a Associação Cultural Amigos do Museu Histórico de Sergipe - criada em setembro de 2012 - , teve como parceiros a Casa do IPHAN, a Secretaria de Estado da Cultura (SECULT), a ACIJOBA, a UNEGRO/SE, o Núcleo da Diversidade Cultural (NEDIC/SEED-SE), o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB/UFS) e a Diretoria Regional de Educação (DRE 8/SEED-SE).


Show Kleber Melo e Futuros Ogãs, 20/11/2013.

Conferência Lei 10.639/2003, com Prof Robson Anselmo, 19/11/2013
BALANÇO DAS ATIVIDADES

De acordo com Viviane Lima, Presidente da ong SAHUDE "Como dado objetivo, o evento Círculo dos Ogãs realizou em apenas 4 (quatro) edições, um conjunto de atividades que revela o merecimento do prêmio Abdias do Nascimento".

1 culto ecumênico
1 mapeamento dos terreiros de São Cristóvão
2 rodas de capoeira (regional e angola)
2 espetáculos de dança afro
2 círculos da Paz na Praça São Francisco
3 rodas de leituras temáticas
3 shows
4 exposições temporárias
18 palestras

FONTE: BLOG DA SAHUDE

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Museu Histórico de Sergipe sediará IV Círculo dos Ogãs



Acontece entre os dias 19, 20 e 22/11 (terça a sexta) o terceiro módulo do IV Círculo dos Ogãs, no Museu Histórico de Sergipe, em São Cristóvão, que discute a "A lei 10.639/2003 - uma década de experiências''.

TERCEIRO MÓDULO DO IV CÍRCULO DOS OGÃS

PROGRAMAÇÃO
 
19 DE NOVEMBRO
 
19:00 Hs
Ilê Axê (Show)
Grupo Afro do Colégio Estadual Deputado Elísio Carmelo (Programa Mais Educação). Instrutor Edivanilson Santos
Local: Praça São Francisco

19:20 Hs
Guerreiras Africanas - A lenda das sereias
Espetáculo do Grupo de Dança e Percussão da Escola de Artes Valdice Telles (FUNCAJU). Instrutores: Cleane Silva e Marcos Mancada

20:00 Hs
“A democratização da Educação a partir da Lei 10.639/2003” - Conferencia de abertura
Prof. Msc. Robson Anselmo - Graduado em Arte-Educação pela Universidade Federal de Sergipe, Mestre em Educação pela mesma universidade, Coordenador do instituto Braços.
Local: Museu Histórico de Sergipe


DIA 20 DE NOVEMBRO

local: Museu Histórico de Sergipe

14:00Hs
MESA REDONDA “Olhar retrospectivo: memória institucional a partir da Lei 10.639/2003”

NEDIC: memória institucional, as atividades
Prof. Marcos Vinicius dos Anjos - 
Licenciado em História (UFS), Especialista em docência universitária, professor da Rede Pública Estadual desenvolvendo atividade de Técnico no Núcleo da Educação, da Diversidade e Cidadania (NEDIC/DED/SEED). Professor Assistente da Faculdade São Luís de França.

UNEGRO/SE: memória institucional, as atividades
Andrey Roosewelt Chagas Lemos - Licenciado em História pela Universidade Tiradentes, Especialista em Ensino de História pela Faculdade São Luís de França, Coordenador Nacional LGBT da UNEGRO - União de Negros pela Igualdade e membro do Fórum Estadual de Educação – FEE.

A contribuição do Ponto de Cultura Amorim Rima na implementação da Lei 10.639/03"
Mariana Galvão 
 
15:30 Hs
“Na minha escola a Lei 10.639/2003 acontece”. Lançamento da Exposição Temporária com intervenção artística de alunos.

16:00 Hs
Futuros Ogãs & convidados (Show)
Apresentação da Oficina Cultural Futuros Ogãs, com o percussionista Camafeu de Xangô e convidados.

22 DE NOVEMBRO

Local: Museu Histórico de Sergipe

16:00Hs 
CAIXA D'ÁGUA: Qui-lombo é esse?
Exibição do Documentário da cineasta Everlane Moraes e debate.

DESEJA PARTICIPAR DO TERCEIRO MÓDULO DO IV CÍRCULO DOS OGÃS (19, 20 E 22/11)?? 
FAÇA SUA INSCRIÇÃO 

O público-alvo do IV Círculo dos Ogãs são professores e universitários. Os interessados em fazer inscrição para participar do terceiro módulo (dia 19, 20 e 22 de novembro) deve enviar nome, instituição e fone para o e-mail: museuhsergipe@gmail.com

A inscrição é gratuita. Todo participante receberá certificado.

O Círculo dos Ogãs é uma realização da Ong Sociedade para o Avanço Humano e Desenvolvimento Ecosófico (SAHUDE) e Associação Cultural Amigos do Museu Histórico de Sergipe (ACAMHS) e tem o apoio do Museu Histórico de Sergipe/Secretaria de Estado da Cultura; do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN/SE), da UNEGRO/SE, do Núcleo da Educação, da Diversidade e Cidadania (NEDIC/DED/SEED), Ponto de Cultura Circo-lando, Projeto Futuros Ogãs e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB/UFS – CECH).

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

MUSEU HISTÓRICO DE SERGIPE RECEBEU PRÊMIO DO IPHAN

Thiago Fragata recebeu prêmio de Terezinha Oliva e Jurema Machado. Foto: San Rogê

 
O Museu Histórico de Sergipe, unidade da Secretaria de Estado da Cultura, foi uma das instituições homenageadas na solenidade ocorrida na última quinta, 17/10, no Cine Brasília, da Capital Federal. A cerimonia dos vencedores do edital Rodrigo Melo Franco de Andrade 2013, a mais importante premiação brasileira voltada para a preservação do patrimônio cultural foi organizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) que reuniu representantes das 8 (oito) iniciativas selecionadas de seis estados brasileiros: Pará, Bahia, Paraíba, Pernambuco, São Paulo e Sergipe. Este teve ainda o Museu da Gente Sergipana (Banese) premiado na categoria responsabilidade social.

Comitiva representante do Museu da Gente Sergipana, Terezinha Oliva e Thiago Fragata
O diretor do Museu Histórico de Sergipe, Thiago Fragata, participou da solenidade que contou as presenças da Presidente do IPHAN, Jurema Machado, do presidente do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), Ângelo Oswaldo, representantes da comissão julgadora do prêmio, da superintendente do IPHAN/Sergipe, Terezinha Oliva, demais autoridades e convidados.

Ao receber a placa que simboliza o reconhecimento do Programa Educativo do Museu Histórico de Sergipe, desenvolvido entre os anos de 2010 e 2012, que realizou exposições, palestras, eventos como Noite de Histórias, Círculo dos Ogãs, dentre outros, o diretor informou que “o prêmio é fruto da ousadia, parcerias e do trabalho. Ousadia de uma equipe que junto com instituições parceiras fez do Museu Histórico de Sergipe mais que uma casa de visitas. O prêmio destacou as ações educativas executadas nos últimos três anos por isso agradeço aos parceiros, ao Governo do Sergipe e a Secretaria de Estado da Cultura que acreditaram em nossa competência e em nossa gestão”.

Diante da ênfase as ações educativas de mobilização para campanha da Praça São Francisco, Patrimônio da Humanidade, de 2010, a exemplo do projeto Noite de Histórias, o diretor Fragata informou ainda que a referida campanha já rendeu homenagens como a comenda Mérito Aperipê e que o Museu Histórico de Sergipe aquartelou diversas ações da comissão pró-candidatura. Feliz com o destaque nacional alcançado, a direção da instituição reapresentará no próximo dia 1 de novembro, às 10hs, a exposição temporária “Praça São Francisco: o processo da conquista”, uma das ações bem avaliadas pela comissão organizadora do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade. Um módulo especial vai expor as premiações e o Desempenho MHS 2010/2012.


Representação premiada e Comissão Julgadora. Foto: San Rogê


domingo, 13 de outubro de 2013

Cerimônia de entrega do Prêmio Rodrigo Melo Franco acontece na quinta, 17/10


O novo Cine Brasília, na capital federal, será o palco para a cerimônia de entrega do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade. A festa de premiação no dia 17 de outubro, a partir das 19h, reunirá os oito vencedores de seis estados brasileiros (Pará, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e São Paulo). Cada um receberá R$ 20 mil e uma placa comemorativa como reconhecimento pelas ações que desenvolvem em prol da preservação, valorização e divulgação do Patrimônio Cultural Brasileiro.  

A premiação criada em 1987 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), celebra, em 2013, os 120 anos de nascimento do modernista Mário de Andrade que, em 1936, a pedido do então ministro da Educação, Gustavo Capanema, elaborou o anteprojeto de lei que resultou na organização jurídica da proteção do patrimônio cultural brasileiro e na criação do atual IPHAN. A cerimônia contará também com show de José Miguel Wisnik, Ná Ozzetti e Banda.

Os vencedores foram selecionados, em agosto, pela Comissão Nacional de Avaliação. Os jurados foram unânimes em afirmar que é extremamente gratificante participar da avaliação dos projetos porque, mais que premiar os selecionados, o processo permite conhecer a diversidade da cultura brasileira e as mais variadas atividades de resgate da memória nacional e de divulgação, valorização e preservação do Patrimônio Cultural. Este ano, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade recebeu 233 inscrições em todo o país, sendo que 76 foram as finalistas da etapa nacional.

Na edição 2013, os vencedores nacionais de cada categoria são os seguintes:

• Patrimônio Material: Bens Imóveis e Paisagens Naturais e Culturais
Ação: Coleta, catalogação, higienização e montagem de fragmentos de azulejos da residência Victor Maria da Silva.
Proponente: Laboratório de Conservação, Restauração e Reabilitação - Lacore/UFPA
Estado: Pará

• Patrimônio Material: Bens Móveis e Acervos Documentais
Ação: Centro de Memória Dorina Nowill
Proponente: Fundação Dorina Nowill para cegos
Estado: São Paulo

• Patrimônio Imaterial
Ação: Museu do Patrimônio Vivo de João Pessoa
Proponente: Coletivo Jaraguá
Estado: Paraíba

• Patrimônio Arqueológico
Ação: Circuitos Arqueológicos: Práticas Sociais da Arqueologia na Chapada Diamantina - Bahia
Proponente: Carlos Etchervarne
Estado: Bahia

Museu Histórico de Sergipe, unidade da SECULT, será premiado 

• Políticas Públicas, Programas e Projetos Governamentais
Ação: Programa educativo do Museu Histórico de Sergipe - 2010-2012
Proponente: Museu Histórico do Sergipe
Estado: Sergipe

• Responsabilidade Social
Ação: Museu da Gente Sergipana - projetos e exposições
Proponente: Instituto Banese
Estado: Sergipe

• Comunicação e Mobilização Social
Ação: Povos Indígenas no Brasil
Proponente: Instituto Socioambiental
Estado: São Paulo

• Ações Educativas
Ação: Mané Gostoso e o Vaivém do Lúdico
Proponente: Centro de Criação Galpão das Artes
Estado: Pernambuco


MARIO DE ANDRADE E RODRIGO MELO FRANCO DE ANDRADE 

Muitos intelectuais, escritores e artistas colaboraram para consolidar a ideia de uma instituição voltada para a preservação do patrimônio cultural no Brasil entre os anos 1920 e 1930, entre eles Rodrigo Melo Franco de Andrade, Mario de Andrade, Lucio Costa, Carlos Drummond de Andrade, Sergio Buarque de Holanda e Manuel Bandeira. O Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, em 1936, solicitou a Mário de Andrade a elaboração de um ante-projeto de lei para a organização jurídica da proteção do patrimônio cultural brasileiro e a criação do IPHAN. A partir deste trabalho, sob a coordenação de Rodrigo Melo Franco de Andrade, a instituição foi criada pela Lei Nº 378, de 13 de janeiro de 1937. Em 30 de novembro de 1937 é promulgado o Decreto-Lei Nº 25, que “organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional” e institui o instrumento do tombamento. Ainda hoje o Decreto-Lei Nº25 é o principal instrumento de preservação do patrimônio cultural brasileiro.
Rodrigo Melo Franco de Andrade
O advogado, jornalista e escritor Rodrigo Melo Franco de Andrade nasceu em 17 de agosto de 1898 em Belo Horizonte. Foi redator-chefe e diretor da Revista do Brasil. Iniciou a vida política como chefe de gabinete de Francisco Campos, atuando na equipe que integrou o Ministério da Educação e Saúde do governo Getúlio Vargas. Entre 1934 e 1945, período em que Gustavo Capanema era ministro da Educação, Rodrigo Melo Franco de Andrade integrou o grupo formado por intelectuais e artistas herdeiros dos ideais da Semana de 1922, quando se tornou o maior responsável pela consolidação jurídica do tema Patrimônio Cultural no Brasil. Em 1937 fundou o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, atual IPHAN, que presidiu até 1967.
Mário de Andrade
Mário de Andrade nasceu em São Paulo, em 9 de outubro de 1893. Poeta, romancista, musicólogo, historiador, crítico de arte e fotógrafo, foi um dos principais inspiradores do Modernismo no Brasil, exercendo grande influência na literatura e nas artes modernas brasileira. Esteve pessoalmente envolvido em praticamente todas as áreas que estiveram relacionadas com o modernismo. Suas fotografias e seus ensaios, que cobriam uma ampla variedade de assuntos, da história à literatura e à música. Depois de também trabalhar como professor de música e colunista de jornal, no fim de sua vida, tornou-se diretor-fundador do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo, formalizando o papel que havia desempenhado durante muito tempo como catalisador da modernidade artística na cidade e no país.

Fonte: SITE DO IPHAN (com inserção de imagens)